sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Project Wyze: Only If I Knew


Após duas resenhas lamentáveis, o blog volta a sua colheita normal de boas safras e lhes apresenta Project Wyze, uma banda canadense de Rapcore, "nascida" em 1988 mas realmente formada em 1996. Para se ter uma pequena idéia, a banda mistura membros com influências do hip-hop americano com ex-membros de bandas punks(não que o som tenha algo em comum com o punk, mas é realmente uma grande adição a banda, as guitarras não ficam perdidas, como parecem ficar em muitas bandas do gênero).

Esse cd, que foi lançado em 1998, é de uma sonoridade incrivel, as letras, com algumas excessões, são o ponto fraco da banda; mas o grande diferencial de Project Wyze para outras bandas de Rapcore é a excelência em misturar guitarras com os diversos elementos do hip-hop, a banda faz isso quase que com perfeição, o que deveria ser via de regra para o gênero, infelizmente não acontece e Project Wyze se mostra um degrau acima de bandas similares.
As músicas Eyes Wide Shut e Nothing's What It Seems são as melhores do cd, alias, após a Nothing's What It Seems, que é a sexta música, o cd dá um salto de qualidade, outros destaques são Erica e I Don't Want The World To See Me. Tell The World My Name é uma daquelas músicas que você fica pensando o porque estão num cd tão bom.

Se você gostar de vocais de rap e guitarras, Project Wyze é uma boa pedida, apesar da maioria das letras sem graça, a sonoridade é muito boa e, particularmente, ainda não encontrei uma banda que faça essa mistura de hip/hop com rock tão bem.(Exceto Limp Bizkit em sua fase inicial)

Por que ouvir?
-Mistura de gêneros muito bem feita.
-Último EP independente, após esse trabalho, apenas lançamentos pela Sony Music.

Fugir se:
-Procura por algo bem pesado.
-Ter aversão a bandas que utilizam seu nome nas músicas, pode parecer estranho mas a outra roçeira que contribui para esse blog odeia isso.

Fresno - O rio, A cidade, A árvore



Como bom curioso que sou(nesse caso nem tão "bom") estava sem nada pra fazer na minha fazendinha imaginária e resolvi procurar algum cd para resenhar antes que um novo apagão acontecesse e minha vida ficasse ainda mais tediosa. Eis que encontro este cd, e vos digo:

O que esse cd tem de melhor é sua CAPA!

Após uma ouvida nas músicas(e um espaço a mais em meu hd depois da audição) entendi o porque de Fresno atrair tanto os jovens, letras fracas e melosas, a grande maioria falando de um romance perdido costuma atrair os pequenos adolecentes, a música de introdução do cd(Orgulho) é acima da média do cd na minha opinião, apesar de também beber da fórmula de músicas melosas, o inicio é até que empolgante, mas chega no meio da música e tudo muda, a voz empolgada do vocalista vira um murmurio de palavras bobas e as guitarras explosivas acabam em nada.

Do resto em diante apenas aquelas guitarrinhas caracteristicas do que alguns dizem ser o "hardcore nacional" e muito drama nas letras.

Se você tem mais de 17 anos esqueça esse cd, mas se você for mais jovem, provavelmente gostará muito das músicas e de toda a melancolia amorosa das letras e guitarras.

De 0 a 10 dou 2 pela bonita capa.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Slipknot - 9.0: Live



"Slipknot? Que merda!"
Sim, sim, sei que dirão isso, e eu concordo. Só vou fazer a resenha pra excluir essa merda do meu PC.

Eu adoro cds ao vivo, acho que é uma das formas de se conhecer uma banda, ver se tem aquela energia mesmo e tal. Mas para quem já tinha visto o show dos caras em 2005, não dava para esperar muito desse CD. O show no bra$il foi uma merda, só tinha emos e maggots idiotas que conheceram Slipknot com aquele CD horrível, o Vol. 3: (The Subliminal Verses) e achavam que aquilo era o máximo. Bom, mas a resenha é do 9.0: Live, não do show.
Nesse CD dá pra sentir toda aquela energia que eu espero da banda: uma banda que se vendeu, começou a fazer música pop e ruim e agora atrai trocentos fãs para show porque toca em rádios. Esse CD é um lixo!!!
Além das músicas comerciais, o Corey já não tem mais voz. Eu sei que ele fez cirurgia e blá blá blá, mas ele berrava TANTO. Agora então, piorou. Aliás, nem os backing vocals (o 3 e o 6, né?) têm voz. Então, se as músicas românticas saem fezes, imaginem as antigonas...
Não sei se foi erro de gravação, mixagem, mas eles valorizaram em extremo o instrumental (talvez pela falta de voz do vocalista) e deram uma péssima repaginada nas músicas, não dá pra reconhecer algumas antes do refrão.
Até o Drum Solo do Joey foi meio decepcionante (e olha que o Joey é um dos meus bateristas favoritos, deveria sair do Slipknot e formar uma banda decente, porque até o projeto paralelo dele é uma bosta), bem diferentes de vídeos antigos, em que ele tocava de ponta cabeça e há 3 metros de altura.
Pois é, acho que posso dizer que Slipknot acabou, morreu! E eu, velha como sou, conheci uma banda boa, com o mesmo nome, a long time ago... (/ironia)

sábado, 7 de novembro de 2009

Silverchair - Neon Ballroom



Antes que as pessoas comecem a dizer que Silverchair é uma imitação barata de Nirvana e só é conhecido porque o Daniel Johns é um cara boa pinta, eu já adianto: vocês nunca ouviram Silverchair.
Tudo bem que um trio, com um som meio grunge, meio revoltado, será sempre relacionado à banda de Kurt Cobain. Existem poucas bandas grunges boas (na minha humilde opinião) e o Nirvana foi a melhor e mais influente delas. Porém, se os caras do Silverchair não fossem talentosos, não fariam tanto sucesso.
Não vou falar muito sobre a musicalidade do começo da carreira deles, porque pretendo fazer resenha dos cds mais antigos também, mas acho que Neon Ballroom é o cd da mutação da banda. Eu considero esse como o primeiro cd maduro deles, em que as letras sofridas são sofridas mesmo (!), só que bem mais sinceras do que as dores juvenis dos cds anteriores. Outra prova dessa maturidade é o som bem orquestrado, já antecipando como seriam os próximos cds.
Quanto às músicas, não vou me prender aos sucessos do cd. Pessoalmente, destaco Anthem For The Year 2000 ("We are the youth/We'll take your fascism away"), Spawn Again, Dearest Helpless (ótimo exemplo de pós-grunge), Do You Feel The Same, Paint Pastel Princess e Steam Will Rise.